Defeitos na subunidade beta do TSH - A subunidade alfa é idência à de outros hormônios glicoprotéicos (LH,FSH, hCG). Já a subunidade beta é diferente para cada um deles. Foram descritos três casos com hipotireoidismo onde, por comprometimento da subunidade beta e da subunidade alfa, o TSH encontrava-se totalmente inativo.
Defeitos no receptor de TSH – o defeito pode ocorrer no próprio receptor ou em nível mais distal. Após interação com o ligante, o receptor ativa a adenilciclase gerando cAMP via proteína Gsalfa. Em concentrações mais elevadas, o TSH também é capaz de ativar a fosfolipase C (PLC) dependente de inositol fosfato, via proteína Gqalfa. Forma-se diacilglicerol (DAG) e trifosfato de inositol (IP3). O DAG ativa a PKC, Ca 2+ fosfolípide dependente e o IP3 aumenta a concentração intracelular de Ca2+.
Cada célula tireoideana apresenta 1000 receptores de TSH. O TSHR exibe atividade constitutiva, ou seja, mesmo sem o ligante (TSH), mostra atividade espontânea. Codificado pelo cromossomo 14, foi recentemente clonado.
Mutações com perda de função no gene do TSHR provocam a síndrome de resistência ao TSH. Por outro lado, o ganho de função pode estar associado a três situções: ativação do receptor hormonal na ausência do ligante (ativação constitutiva), aumento da sensibilidade ao agonista normal ou ampliação da especificidade.
Defeitos na formação dos hormônios tireoideanos – cada um dos passos envolvidos na síntese de HT pode estar comprometido e levar a hipotireoismo, com graus variados de severidade.
a) defeito no transporte de iodeto;
b) defeitos na incorporação de iodeto e conjugação das iodotirosinas;
c) defeitos na geração de peróxido de hidrogênio;
d) síndrome de Pendred (surdez sensório-neural congênita, bócio e prova com perclorato positiva);
e) defeitos na síntese de tireoglobulina;
f) deficiência de desalogenase
O defeito enzimático mais freqüente envolve a tireoperoxidase (TPO)