quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Defeitos no receptor de TRH

O receptor de TRH pertence à superfamília de receptores aliados à proteína G. Já foi descrito um menino com resistência completa de resposta de TSH e PRL ao TRH. Apresentava sintomas discretos de hipotireoidismo, baixa estatura e maturação óssea atrasada.

Defeitos na subunidade beta do TSH - A subunidade alfa é idência à de outros hormônios glicoprotéicos (LH,FSH, hCG). Já a subunidade beta é diferente para cada um deles. Foram descritos três casos com hipotireoidismo onde, por comprometimento da subunidade beta e da subunidade alfa, o TSH encontrava-se totalmente inativo.

Defeitos no receptor de TSH – o defeito pode ocorrer no próprio receptor ou em nível mais distal. Após interação com o ligante, o receptor ativa a adenilciclase gerando cAMP via proteína Gsalfa. Em concentrações mais elevadas, o TSH também é capaz de ativar a fosfolipase C (PLC) dependente de inositol fosfato, via proteína Gqalfa. Forma-se diacilglicerol (DAG) e trifosfato de inositol (IP3). O DAG ativa a PKC, Ca 2+ fosfolípide dependente e o IP3 aumenta a concentração intracelular de Ca2+.

Cada célula tireoideana apresenta 1000 receptores de TSH. O TSHR exibe atividade constitutiva, ou seja, mesmo sem o ligante (TSH), mostra atividade espontânea. Codificado pelo cromossomo 14, foi recentemente clonado.

Mutações com perda de função no gene do TSHR provocam a síndrome de resistência ao TSH. Por outro lado, o ganho de função pode estar associado a três situções: ativação do receptor hormonal na ausência do ligante (ativação constitutiva), aumento da sensibilidade ao agonista normal ou ampliação da especificidade.

Defeitos na formação dos hormônios tireoideanos – cada um dos passos envolvidos na síntese de HT pode estar comprometido e levar a hipotireoismo, com graus variados de severidade.

a) defeito no transporte de iodeto;

b) defeitos na incorporação de iodeto e conjugação das iodotirosinas;

c) defeitos na geração de peróxido de hidrogênio;

d) síndrome de Pendred (surdez sensório-neural congênita, bócio e prova com perclorato positiva);

e) defeitos na síntese de tireoglobulina;

f) deficiência de desalogenase

O defeito enzimático mais freqüente envolve a tireoperoxidase (TPO)

postado por jefferson

Hipotireoidismo e Hipertireoidismo

As principais doenças relacionadas à tireóide são o hipertireoidismo e o hipotireoidismo. Uma é, quase sempre, o oposto da outra.

Mas.. o que são essas doenças, afinal??


O Hipotireoidismo é uma doença da tireóide que é caracterizada pela baixa produção dos hormônios tireoidianos. A falta desses hormônios ocasiona o baixo metabolismo característico dos portadores dessa doença. É mais comum em mulheres, principalmente as de mais idade.


Hipertireoidismo é uma doença que, ao contrário do hipotireoidismo, é caracterizada pela

produção excessiva dos hormônios tireoidianos. Essa alta produção leva ao chamado hipermetabolismo. Também é mais comum em mulheres, porém de idade entre 20 e 40 anos.

postado por jefferson

Principais efeitos metabólicos dos hormônios tireóideos no organismo

 Aumentam a atividade metabólica de quase todos os tecidos do organismo. O metabolismo basal pode aumentar até 100% acima do normal, quando é secretada grande quantidade desses hormônios. O hormônio tireoidiano aumenta e é um grande regulador da taxa metabólica basal. Utilização de oxigênio, produção de CO2 e termogênese são estimuladas por mecanismos que inclusive o de desacoplamento entre a síntese de ATP e a oxidação de substratos, aumento no tamanho e número de mitocôndrias, atividade aumentada de Na+, K+ -ATPase e taxas aumentadas de oxidação e síntese de glicose e ácidos graxos.

O aumento do número e tamanho das mitocôndrias por sua vez aumenta o número da atividade das mitocôndrias, que por sua vez aumenta a velocidade de formação de ATP (trifosfato de adenosina) para energizar a função celular, aumentando a temperatura corporal. Entretanto, pode representar tanto o resultado da atividade aumentada das células como a causa do aumento.

A estimulação do metabolismo dos carboidratos pelo efeito do hormônio tireóideo, provavelmente resulta no aumento global das enzimas metabólicas celulares.

E no metabolismo das gorduras, aumentam estimulando a concentração de ácidos graxos livres no plasma e acerelam acentuadamente a oxidação dos ácidos graxos livres pelas células.

Segundo BERNE; LEVY 2003, o efeito metabólico geral do hormônio tireoidiano é descrito como o de acelerar a resposta ao jejum.

Os hormônios tireoidianos causam grandes efeitos no sistema cardiovascular, como o aumento do fluxo sangüíneo e do débito cardíaco, aumento da freqüência e da força cardíaca.

 postado por jefferson

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Uma aula divertida sobre Hipertireoidismo!

Pessoal,achei esse vídeo bem legal no Youtube.
É um vídeo da TVT4,onde um apresentador(Joka) explica de maneira irreverente e divertida sobre o hipertireoidismo.
Entrem lá e vejam como pode ser fácil,rápido e divertido entender este assunto!
Curtam bastante!!!

* Clique no título para acessar o vídeo!!!

O hipertireoidismo e sua ação no organismo




Como será que nosso metabolismo fica afetado pelo Hipertireoidismo?
Aqui, uma lista dos principais efeitos no nosso organismo:

-Doença de Graves: doença auto-imune em que há TSH suprimido e T3 e T4 elevados. Os anticorpos atacam a própria tireóide, e assim esses hormônios tem influência sobre o TSH e levam à um crescimento exagerado da glândula. É freqüente ser hereditário. Um dos sintomas é a exoftalmia em que há um inchaço atrás dos olhos que os empurra pra frente fazendo com que pareçam maiores e saltados, ficando vermelhos e inchados, podendo haver perda da visão.
-Há um quadro de hiperglicemia pois os hormônios tireoidianos aceleram a glicólise que é superada pelo aumento nas taxas de gliconeogênese e assim aumenta a absorção de glicose no intestino. Quem não tem diabetes, o nível de glicose circulante é compensado pelo aumento da produção de insulina, mas já quem é diabético, o quadro tende a pode piorar.
-A pessoa emagrece, pois o metabolismo fica acelerado devido a estimulação da lipólise e a proteólise levando a uma diminuição do colesterol(pois haverá aumento na produção de receptores de LDL).Os hormônios em excesso superam as taxas de degradação dos lipídios e assim há menor concentração de lipídios no sangue.
-A pessoa tem insensibilidade ao calor, pois o excesso de T3 e T4 causam desacoplamento da cadeia respiratória aumentando o consumo de 02 e da termogênese.
-O excesso de hormônios leva a uma maior produção de enzimas e coenzimas e assim os que sofrem desse mal devem consumir mais vitaminas.
-Como o hipertireoidismo leva a catálise de proteínas, os que sofrem desse mal sentirão fraqueza muscular e devido as altas concentrações de componentes nitrogenados no sangue.
-Devido ao feedback negativo que os hormônios tireoidianos sofrem com a leptina, essa alta concentração levará a hiperfagia(muita fome).Assim, quem tem hipertireoidismo sente muita fome e não engorda.
-Ocorre também bócio que acontece pela hiper produção dos hormônios tireoidianos e que provocam a hipertrofia da glândula.Há o bócio nodular tóxico,onde vários nódulos linfóides proliferam na glândula,aumentando seu tamanho.
-Ocorre tremores e insônia pela maior excitabilidade neuromuscular.

O nosso corpo e como ele é afetado pelo hipotireoidismo




Aqui, um resuminho das causas e conseqüências dos sintomas do Hipotireoidismo no nosso metabolismo:
- Tireoidite de Hashimoto: doença auto-imune com destruição da glândula pelos próprios anticorpos. Como os anticorpos atacam as células,os níveis de T3 e T4 vão diminuindo e neste momento a hipófise estimula maior produção de TSH,que tentará estimular as células ainda sadias a produzir T3 e T4.O paciente já não apresenta mais sintomas,mas o TSH ainda continua alto.Com a morte de mais células há mais secreção de TSH,só que as células já não mais produzem T3 e T4,e assim surgem os sintomas(bócio).
- O paciente engorda, pois o metabolismo fica mais lento, ocasionando num hipometabolismo de lipídios e diminuição da lipólise , levando ao seu aumento no sangue, podendo provocar a aterosclerose.
- Devido ao desacoplamento que os hormônios T3 e T4 na cadeia respiratória em relação à fosforilação oxidativa (não há produção de calor), pessoas com hipotireoidismo sentem intolerância ao frio.
- Há hipoglicemia pois a glicólise e a gliconeogênese ficam desestimuladas pela baixa concentração de hormônios tireoidianos.
- O excesso de TSH e de tireoglobulina não iodada levam ao bócio, devido a carência de iodo.
- Há constipação, depressão e refluxo por menor excitabilidade neuromuscular e menor mobilidade gastrointestinal.
- Os pacientes apresentam às vezes inchaço, pois diminui a filtração dos glomérulos renais, retendo água e sal.
- A menstruação e o sistema reprodutivo podem ser afetados, pois há toda uma alteração hormonal.

O hipotireoidismo e o seu bebê



Você sabia que existem tipos diferentes de Hipotireoidismo e que com um simples teste quando a criança nasce, pode-se tratar essa doença?
Calma, você deve estar de perguntando como essa doença age e irei explicar tudo direitinho.
O Hipotireoidismo pode ser classificado em :
Primário: quando a falha ocorre na glândula tireóide;
Secundário: quando ocorre deficiência do TSH hipofisário;
Terciário: quando ocorre deficiência do TSH hipotalâmico;
Também existem o hipotireoidismo congênito e o juvenil. No congênito, o recém-nascido é incapaz de sintetizar as quantidades necessárias de hormônios tireoidianos, resultando numa redução dos processos metabólicos. Há maior incidência em regiões carentes em iodo, sendo mais freqüente em crianças e adultos. Antes dos anos 80, o bócio endêmico era muito comum na população, mas a partir de 1982 e graças à avanços na legislação, toda a população recebe uma quantidade mínima de iodo no sal de cozinha(20 mg/kg),e assim foi possível diminuir os casos de bócio endêmico,o popular papo.
A triagem neonatal e o teste do pezinho podem identificar a doença. Crianças que não forem tratadas precocemente, podem ser afetadas seriamente no desenvolvimento mental e no crescimento. Portanto,estes testes devem ser feitos nas primeiras semanas de vida,pois a partir da 4ª semana de vida, a deficiência dos hormônios tireoidianos podem causar danos neurológicos graves. O tratamento é feito com reposição hormonal, e se não houver tratamento certo e precoce, a criança poderá apresentar os seguintes sintomas: hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia prolongada, constipação, anemia, sonolência excessiva, choro rouco, hérnia umbilical, alargamento de fontanelas, sopro cardíaco, dificuldade na alimentação, atraso na dentição, retardo na maturação óssea, pele seca e sem elasticidade.
O cretinismo é uma doença grave e conseqüência da falta de hormônio tireoidiano para o feto, provocando deficiências no desenvolvimento físico e mental, irreversíveis. É mais comum na área rural, e já nos primeiros meses o cretino apresenta sonolência, falta de apetite e problemas respiratórios e com o tempo surge o atraso psico-motor. Como os ossos ficam frágeis, há forte tendência à se tornarem anões. O tratamento deve ser iniciado rapidamente,com ingestão de hormônios tireoidianos, porém só ajudará no quadro físico, sendo difícil melhoras no quadro neurológico.
O hipotireoidismo juvenil surge antes da puberdade e afeta tampem o desenvolvimento físico e mental, mas se detectado e tratado precocemente, os danos neurológicos podem ser reversíveis.
Depois de todas essas informações, você já terá uma noção de que aquela preguiçinha que seu bebê sente pode não ser só coisas de bebê e um diagnóstico precoce será o essencial para ajudar o seu filho(a).