sábado, 31 de outubro de 2009

Depoimentos de mulheres com problemas na tireóide



 Ataque silencioso
A bibliotecária Mônica Nascimento, 47 anos, ouviu o alerta do pai, médico, numa
conversa corriqueira. “Ele achou meu pescoço inchado e disse para procurar um especialista. Descobri dois nódulos milimétricos na tireóide. A punção deu resultado negativo. Eu estava com 35 anos, envolvida com trabalho, dois filhos e acabei esquecendo dos nódulos. Sete anos depois, num checkup, o clínico leu no meu prontuário sobre eles e pediu exames. Um dos dois já era maligno. Eu não sentia nada. Fui operada para a extração da glândula. Não precisei de quimioterapia, mas passei a tomar o hormônio da tireóide diariamente. Aí começou o mal-estar. Tinha insônia, calor, brigava por tudo. Demorou um ano e meio até o médico acertar a dose.”

Às voltas com a exaustão
Há oito anos, após o nascimento de sua filha e o fim do longo relacionamento com o pai dela, a relações públicas Soraya Pericoco, 40 anos, começou a sentir um cansaço inexplicável. Mal tinha vontade de levantar da cama. Também apresentava inchaço, irritabilidade, pele seca e queda de cabelo. “Achei que fosse depressão. O tratamento com fluoxetina (antidepressivo) melhorou o meu humor, mas não acabou com a falta de energia. Quase dois anos depois um médico sugeriu avaliar a tireóide. Foi quando eu descobri que tenho hipotiroidismo. Comecei a tomar o hormônio da tireóide toda manhã em jejum e aquele cansaço desapareceu. Minha pele e meus cabelos melhoraram. O que me incomoda hoje são dez quilos a mais que eu não consigo eliminar de jeito nenhum”.




fonte: http://claudia.abril.com.br/materias/3748/?sh=33&cnl=43

Postado por: Eid Almada

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A tireóide e a saúde da Mulher

A tireoide está fazendo você engordar?
Se dietas e exercícios não estão adiantando, fique de olho: sua tireoide pode estar desregulada


Parece que hoje em dia todo mundo sabe de pelo menos uma mulher que tem ou teve alguma alteração na tireoide. A mais conhecida é o hipotireoidismo, doença que incomoda muito porque causa aumento de peso, cansaço e desânimo. A atriz Deborah Secco, que já sofreu com o problema, conta que, durante a crise, nem tinha vontade de sair de casa. Trata-se de um mal predominantemente feminino: para cada sete mulheres com essa alteração, há apenas um homem.

O número de casos vem aumentando nos últimos anos. Uma pesquisa realizada entre 2001 e 2002 na Grande São Paulo, com mulheres de 20 a 78 anos, mostra que cerca de 10% das participantes apresentavam sinais clínicos e laboratoriais da doença. “Os valores esperados eram de 5%. Hoje, percebemos mais casos devido a três fatores: diagnóstico mais preciso, mais pedidos de exames e o fato de sabermos que algumas doenças da tireoide são hereditárias”, diz Geraldo Medeiros- Neto, professor de endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), presidente do Instituto da Tireoide, em São Paulo, e coordenador da pesquisa citada acima.

Por que o hipotireoidismo engorda?

A tireoide uma das nossas maiores glândulas e tem o formato de uma borboleta. Segue os comandos da hipófise, uma espécie de glândula mestra que secreta hormônios que atuam em todo o organismo, entre eles o TSH, que aciona o funcionamento da tireoide. Ela, por sua vez, fabrica os hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam o metabolismo e atuam em órgãos vitais como coração e rins.

Quando a tireoide está trabalhando num ritmo abaixo do esperado, há um quadro de hipotireoidismo e o corpo todo sente. Uma das principais causas dessa alteração é a tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo fabrica anticorpos para destruir as células da glândula. Como consequência, a tireoide funciona num ritmo mais lento. O problema é hereditário: se sua mãe, tia ou avó sofrem com ele, é necessário investigar se você também produz esses anticorpos.

Com o metabolismo devagar devido à carência dos hormônios, o aumento de peso e o cansaço aparecem. A libido tende a cair. É como se o organismo todo trabalhasse com menos energia. Mas se você engordou mais do que 5 quilos, não dá para culpar só a glândula. “O aumento de peso provocado pelo hipotireoidismo é de 4 a 5 quilos. Não mais do que isso”, diz Marcio Mancini, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, e presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Embora os sintomas sejam desagradáveis, assim que o mal é diagnosticado, é feita a reposição dos hormônios. Uma vez acertada a dose do medicamento, seu organismo volta ao ritmo normal e os sintomas tendem a desaparecer.

Sintomas do hipotireoidismo

O aumento de peso é um dos sinais mais associados ao trabalho lento da glândula. Mas ele não é o único e muitas vezes, pode nem aparecer. “O importante é o conjunto dos sintomas que cada paciente apresenta”, diz Marcio Mancini, endocrinologista. Se tiver alguns dos listados abaixo, vale procurar um médico para checar o funcionamento da glândula.

- aumento de peso, 4 a 6 quilos
- pele seca
- queda de cabelo
- unhas fracas
- dor de cabeça
- prisão de ventre
- maior sensibilidade ao frio – principalmente nos pés e nas mãos
- aumento no colesterol
- memória ruim
- dificuldade de concentração
- desânimo
- sensação de cansaço e fraqueza
- queda na libido

Exames que desmascaram o problema


Para avaliar o funcionamento da sua tireoide, o médico costuma pedir um exame que mede a quantidade do hormônio estimulador (TSH) e a dosagem de T4 livre. Muitas vezes também solicita a verificação de anticorpos antitireoide – para checar se existe predisposição à tiroidite de Hashimoto.
Quando a tireoide fica acelerada


O hipertireoidismo, ao contrário do hipotireoidismo, é o funcionamento acelerado da tireoide. Os sintomas são: aumento da frequência cardíaca, nervosismo, ansiedade, perda de peso (resultante da queima dos músculos), entre outros.

O perigo das fórmulas para emagrecer

Um fator capaz de desafinar a sua glândula é o uso de “fórmulas mágicas” para perder peso. Embora seja proibido pela Anvisa manipular medicamentos com os hormônios da tireoide (T3 e T4) e fármacos similares (Triac), muitos médicos usam essas substâncias em remédios para emagrecer. Além de criminosa, a atitude coloca sua saúde em risco. No primeiro momento, você perde peso pois o metabolismo fica acelerado, em um quadro provocado de hipertireoidismo. “Nesse caso, não se perde apenas gordura, mas também massa muscular e massa óssea. Isso é perigoso”, explica Marcio Mancini. Ao parar de tomar a fórmula, vem o rebote: a tireoide fica desregulada e trabalha mais lentamente, como no hipotireoidismo. Como você viu aqui, definitivamente não compensa brincar com a sua tireoide para perder alguns quilinhos. O melhor é apostar em atividade física regular e alimentação balanceada para emagrecer com saúde.

Alimentação certa é fundamental


Outra especialidade que atua nos casos de hipotireoidismo subclínico é a nutrição funcional. Os profissionais dessa área associam o problema à falta de minerais como selênio, zinco e ferro. “A tireoide precisa deles para trabalhar direito”, diz Gabriel de Carvalho, nutricionista funcional e presidente do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. Outra questão é o excesso de metais tóxicos como mercúrio e cádmio, que atrapalham o metabolismo da glândula. “Nos quadros subclínicos, há a melhora dos sintomas só com a eliminação dos metais tóxicos e a suplementação dos minerais que estão em falta”, garante Gabriel. Mesmo quando a doença é confirmada, a alimentação certa também ajuda o organismo a assimilar o medicamento.

Os alimentos indicados para suprir o selênio são as oleoaginosas, como castanhas e nozes. O zinco tem boas fontes nos frutos do mar e nas leguminosas como lentilha e feijão-carioca. E o ferro está presente nas carnes e nos cereais integrais. Mas, como cada uma de nós pode ter carência de diferentes minerais, é melhor fazer exames específicos que mostram qual é a deficiência, para uma reposição adequada.

Associando os hormônios com a reposição dos minerais necessários, você junta forças para a sua tireoide funcionar no rítmo certo. Com isso, os quilos a mais são queimados, seu ânimo reaparece, a libido volta a crescer e você vive muito melhor.



Fonte:http://boaforma.abril.com.br/comportamento/saude-mulher/tireoide-esta-fazendo-voce-engordar-489414.shtml?pagina=4

Postado por:Aline Xavier

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Doença de Addison

Quando a produção de corticóide está alterada, com diminuição de produção leva à patologias como a doença de Addison conhecida também por insuficiência Adrenal Primária.

Doença caracterizada pela produção insuficiente dos hormônios da glândula adrenal, situada a cima do rim. A patologia pode ser causada por varios fatores sendo o principal deles a doença auto-imune.
Na doença de causa auto-imune o organismo desenvolve anticorpos contra a glândula renal, provocando insuficiência na produção de seus hormônios.
Sintomas
Geralmente os sintomas se desenvolvem lentamente sendo caracterizados por perda de peso, fraqueza muscular, falta de apetite ,náuseas,pressão arterial baixa, escurecimento da pele em áreas expostas ou não ao sol, cicatrizes, sintomas emocionais como depressão e irritabilidade.
Diagnóstico
Com a apresentação dos sintomas iniciais é difícil se fazer o diagnóstico devendo ser suspeita toda pessoa que apresentar os sintomas descritos a cima. Para obter um diagnóstico preciso o médico precisa fazer dosagens de hormônios como o cortisol, ACTH, aldosterona e da atividade de retina plasmática além de dosagens bioquímicas de glicose, sódio, potássio e creatinina.Em algumas situações o diagnóstico só pode ser estabelecido pelo teste do ACTH que é o teste pelo estimulo do cortisol após a administração de ACTH sintético por via endovenosa.
Tratamento
O tratamento é baseado na reposição dos hormônios deficientes, sendo eles os mineralocorticóides e os glicocorticóides. Os mineralocorticóides podem ser repostos através da administração via oral de fluorhidrocortisona, e também pela ingestão adequada de sódio. Já os glicocorticóides devem ser corrigidos através da administração via oral de derivados sintéticos, preferencialmente a prednisona e a cortisona.

Postado por: Eid Almada